Francisco Roberto Cabrini é um jornalista de televisão, especializado em jornalismo investigativo e grandes coberturas internacionais.. Ganhou os principais prêmios nacionais como repórter investigativo e cobriu seis guerras. Atualmente é apresentador e editor-chefe do programa Conexão Repórter, no SBT
Roberto Cabrini ingressou na profissão aos 16 anos de idade, atuando em uma rádio e um jornal de Piracicaba, em São Paulo. Aos 17 anos, foi contratado pela TV Globo, tornando-se o mais jovem repórter do telejornalismo de rede da história do Brasil. Com 22 anos, tornou-se o mais jovem correspondente do país, atuando no escritório da TV Globo em Nova Iorque, ao lado de Hélio Costa, Paulo Francis e Lucas Mendes.
Em Mais de 30 anos de carreira, Roberto Cabrini cobriu seis conflitos internacionais, participou de cinco Olimpíadas e cinco Copas do Mundo. Foi correspondente por oito anos, quatro deles em Londres e quatro em Nova York - além de realizar coberturas em mais de 60 países.
Em dezembro de 1990, apresentou no SBT e, depois, na TV Cultura, o documentário "Ben Johnson, o monstro de músculos". Em Toronto, no Canadá, conseguiu entrevistas reveladoras com o atleta e com seu treinador Charles Francis. Os dois contaram detalhadamente a história do primeira grande escândalo mundial de doping, registrado na final dos 100m rasos da Olimpíada de Seul, em 1988. O treinador assumiu para Cabrini ter comandado todo o esquema de uso do doping, seguido à risca pelo velocista.
Em outubro de 1993, após sete meses de investigação, descobriu o paradeiro do fugitivo da justiça, Paula César Farias em Londres, driblando até mesmo as buscas da polícia brasileira. PC Farias foi tesoureiro de campanha de Farnando Collor de Mello nas eleições presidenciais brasileiras de 1989. Foi a personalidade chave que causou o primeiro processo de impeachment da América Latina, em 1992.
Em maio de 1994 foi Cabrini que noticiou, ao vivo, pela TV Globo, a morte do piloto Ayrton Senna. Na ocasião, ele cobria o GP de Fórmula 1 de Ímola, na Itália. Em seguida, fora a Bologna para acompanhar os desdobramentos do acidente. Cabrini entrou ao vivo, por telefone, para noticiar a morte de Senna.
Em 1995 produziu o documentário Enigma das Alagoas, que apresentava a mais importante entrevista com o ex-presidente Fernando Collor de Mello depois do impeachment. A técnica utilizada para a entrevista, repleta de perguntas cortantes e muitos dados, gerou reconhecimento de todos veículos de comunicações. O jornal O Estado de São Paulo o escolheu como melhor jornalista da televisão naquele ano, a Veja considerou esta a melhor reportagem do ano.
No mesmo ano, após vários meses no Iraque, concluiu o documentário Enigma das mil e uma noites, conseguindo uma entrevista com o então vice-primeiro-ministro de Saddam Hussein, Tariq Aziz e provando que soldados iraquianos tiveram suas orelhas cortadas, por se recusarem a servir ao exército do seu país, algo até então negado veementemente por Bagdá. Conseguiu também penetrar no norte do país, onde revelou as sequelas do ataques com armas químicas na cidade Curda de Halabja, pelas forças de Saddan Hussein. A entrada na cidade havia sido bloqueada para jornalistas desde o ataque de 1988.
Cabrini terminou o ano de 1995 com uma grande entrevista com o líder palestino Yassser Arafat. Entrevistou também os guerrilheiros preparados para o martírio, os homens bomba recrutados para se explodirem contra alvos israelenses. Foi então também considerado pelo Jornal do Brasil como o melhor repórter em ativivdade da televisão brasileira.
Em 1996 foi o único jornalista da América Latina a cobrir a ascensão do grupo radical Taliban no Afeganistão, fortemente apoiado pela Al Qaeda, de Osama Bin Laden que se armou com a ajuda americana. Nessa cobertura, produziu o documentário "Em Nome de Alá", vencedor do Prêmio Vladimir Herzog de direitos humanos. Em setembro de 1997, após uma investigação de cinco meses, localizou, na Costa Rica, na América Central, a fugitiva Jorgina de Freitas Fernandes, a maior fraudadora da história do INSS no Brasil. Ganhou com a reportagem o Prêmio Previdência Social de Jornalismo.
Em 1998, elaborou a reportagem "A verdadeira história do voo 254", contando, em detalhes, o que de fato aconteceu em um dos piores desastres da aviação brasileira: o caso do Boeing 737-200 da Varig, que se perdeu e acabou fazendo um pouso forçado em plena floresta Amazônica, em 3 de novembro de 1989. A reportagem garantiu a ele o VI Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo.
Também em 1998 denunciou um grande esquema de venda de crianças para países europeus no Sri Lanka, na extremidade sul do subcontinente indiano, reportagem considerada pela Anistia Internacional uma das melhores já realizadas sobre o assunto em toda história. Desde 2001, como reconhecimento de sua carreira de repórter, passou a atuar também como âncora e editor-chefe de programas jornalísticos. Foi âncora e editor-chefe do Jornal da Noite da Rede Bandeirantes, entre 2003 e 2008.
Em março de 2008 foi contratado pela Rede Record. Nesta emissora, comandou, em 2009, o programa "Repórter Record", jornalístico semanal de reportagens investigativas que se tornou, nesta época, o programa da emissora de maior audiência, com médias que chegaram a ultrapassar 20 pontos de IBOPE. Ainda em 2009, ganhou o Prêmio Tim Lopes, com a reportagem "O chefe do tráfico", que revelou os bastidores do tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
Em agosto de 2009 retornou ao SBT para ser editor-chefe e apresentador do Conexão Repórter, programa de grandes reportagens investigativas criado pelo próprio jornalista. Logo em seus primeiros anos de existência, o programa provocou a realização de três CPIs com suas reportagens: a do tráfico de crianças, a de pedofilia na igreja e a dos crimes de preconceito e intolerância racial. Comandando o Conexão Repórter, Cabrini conquistou o mais importante prêmio de reportagens do Brasil, o Prêmio Esso de 2010 de telejornalismo.
Em votação realizada em 2013, o Conexão Repórter voltou a ser escolhido como o melhor programa jornalístico da TV brasileira de 2012, ganhando, também, o Troféu Internet de melhor programa jornalístico, em votação popular. Ao explicar seu voto para o Conexão Repórter, Keila Jimenez, jornalista da Folha de S.Paulo, disse: "Cabrini respira jornalismo." O destaque de 2014 e 2015 ficou por conta da reportagem O doce veneno dos campos do senhor, no qual Cabrini e equipe investigaram e denunciaram o uso indiscriminado de agrotóxicos, que produz, silenciosamente, milhares de vítimas no nordeste brasileiro. A reportagem ganhou dois prêmios: o Troféu MPT, do Ministério Público do Trabalho, em 2014, e o Prêmio República, da Associação Nacional dos Procuradores da República, em 2015. Ainda em 2015, em votação realizada por jornalistas de todo Brasil, Roberto Cabrini foi consagrado como o melhor repórter de mídia falada do país do ano de 2015, conquistando o Prêmio Comunique-se, conhecido como "Oscar" do jornalismo brasileiro.
Em 2016, o Conexão Repórter de Roberto Cabrini venceu mais uma vez o Troféu imprensa de melhor programa jornalístico em decisão unânime dos jurados. Em 2017 o feito se repete e o programa de Roberto Cabrini é novamente eleito por unanimidade como o melhor jornalístico do ano.
Prêmios:
1993 - Melhor repórter da TV brasileira - Troféu Imprensa de 1993 (Prêmio recebido em 94- ano em que cobriu a morte de Ayrton Senna e descobriu o paradeiro do fugitivo Paulo César Farias)
1995 - Melhor programa jornalístico (entrevista com Fernando Collor de Mello e documentário no Iraque) Prêmio APCA de 1995
1995 - Entrevista com Fernando Collor de Mello - apontada pela Revista Veja como a melhor matéria do ano de 1995
1995 - Foi considerado pelo Jornal do Brasil o melhor repórter da televisão Brasileira em 1995
1996 - Documentário Em Nome de Alá, realizado no Afeganistão - ganhador do Vladmir Herzog, em 1996, na categoria TV (quando atuava pelo SBT - SP)
1997 - Documentário Em Nome de Alá - vencedor do 14º Prêmio de Direitos Humanos de 1997, da Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos (Arfoc/RS e Brasil)
1998 - Reportagem A verdadeira história do Vôo 254 - vencedora do VI Prêmio Líbero Badaró de Jornalismo de 1998
1998 - Documentário Investigando a fraudadora do INSS - vencedor do 1º Prêmio Previdência Social de Jornalismo de 1998
2009 - Prêmio Tim Lopes- O chefe do tráfico
2010 - Prêmio Esso de telejornalismo Sexo, Intrigas e Poder (Investigando a Pedofilia na Igreja)
2011 - Troféu Imprensa - Conexão Repórter - melhor programa jornalístico
2012- Troféu Imprensa - Conexão Repórter - melhor programa jornalístico
2012 - Troféu Internet - Conexão Repórter - melhor programa jornalístico
2014 - Troféu MPT (Ministério Público do Trabalho) com a reportagem O doce veneno dos campos do senhor
2015 - Prêmio República (Associação Nacional dos Procuradores da República - 2015 com a reportagem O doce veneno dos campos do senhor
2015 - Prêmio Comunique-se - melhor repórter de mídia falada de 2015
2016 - Troféu Imprensa - Conexão Repórter - melhor programa jornalístico
2017 - Troféu Imprensa - Conexão Repórter - melhor programa jornalístico
2018 - Troféu Imprensa - Conexão Repórter - melhor programa jornalistico
Tipos de Trabalhos:
- Mestre de Cerimônias
- Moderador de Debates
- Jornalistas - Investigativos