Luisa Stefani uma tenista brasileira, sendo medalhista olímpica. Especialista em duplas, possui 3 títulos WTA, sendo um deles o título do WTA 1000 do Canadá de 2021. Em Tóquio 2020, ao lado de Laura Pigossi, conquistou o bronze, garantindo a primeira medalha da história do tênis brasileiro em Jogos Olímpicos.

   Em 23 de agosto de 2021, atinge seu melhor ranking de duplas, 17º lugar na lista da WTA. Seu melhor ranking em simples é 431, atingido em 20 de maio de 2019. Stefani foi a décima do ranking juvenil em 30 de março de 2015.

   Embora tenha chegado à semifinal do US Open juvenil de duplas em 2015, Stefani buscou se dedicar às partidas de duplas mais seriamente somente em 2017. Seu sucesso começou em 2019, ao vencer um ITF de alto nível em junho, e ganhar seu primeiro WTA em setembro. Ganha mais 2 WTA 125 em novembro de 2019 e fevereiro de 2020, e alcança as oitavas-de-final do Australian Open, chegando assim ao top 50 mundial de duplas.

   Carreira
Início juvenil e universitário
Começou a jogar tênis aos 10 anos, inscrita pela mãe que tinha entrado em aulas do esporte para ficar melhor no frescobol. Aos 14 se mudou para a Flórida, e jogou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas do US Open juvenil em 2015. Atinge a 10a. posição do ranking juvenil da ITF, e joga pela chave principal de um WTA no 2015 Brasil Tennis Cup como convidada da organização. Em seguida conseguiu uma bolsa universitária para jogar tênis pela Pepperdine University, onde também estudou publicidade antes de trancar o curso. Sua produtiva carreira universitária teve Stefani nomeada pela ITA (Intercollegiate Tennis Association) caloura do ano 2015, compilando uma campanha de 40–6 em sua primeira temporada, na qual foi semifinalista do NCAA Singles Championships de 2015 - derrotada pela campeã Danielle Collins - e chegou a atingir a 2a. posição no ranking da ITA.

   Profissional
2015–2018
Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedica-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impede de conquistar 10 títulos e atingir outras 5 finais de duplas naquele circuito. Termina 2018 como 215ª. do mundo em duplas e 753ª. em simples.

   2019
Em seu primeiro ano integralmente como profissional, Stefani conquista, em duplas, os ITFs de Petit-Bourg (com Quinn Gleason), São Paulo (com Paula Cristina Gonçalves), Curitiba (com Paula Cristina Gonçalves) e Ilkley (com Beatriz Haddad Maia), além de atingir a final em Cagnes-sur-Mer (com Beatriz Haddad Maia). Sua primeira participação em chave principal de Grand Slam ocorre em Roland Garros, tendo como parceira Astra Sharma, no qual entram como alternates e são derrotadas na primeira rodada por Shelby Rogers e Monica Puig em jogo duro, com duas horas e trinta e cinco minutos de duração (4–6, 7–6 e 6–7). Nos Jogos Pan-Americanos de 2019 em Lima, ganhou um bronze ao lado de Carolina Meligeni Alves.

   Em setembro, tendo como parceira Hayley Carter, alcança a primeira final de duplas na WTA no Korea Open e, na semana seguinte, conquista o primeiro título de WTA no Tashkent Open. Com essas campanhas, entra no top 100 e alcança o melhor ranking da carreira em duplas, 75º. lugar, em 21 de outubro. A partir daí, Luisa firma parceria fixa com Hayley Carter.

   2020
Em 2020 a dupla Stefani/Carter chega à 3a rodada do Australian Open, vence o Oracle Challenger Series de Newport e chega às quartas-de-final de Dubai em fevereiro, e na volta oficial dos torneios depois da pandemia de COVID-19, vence o WTA de Lexington em agosto. Com isso, entram no top40 do mundo pela primeira vez. No US Open, em setembro, ela fez sua melhor campanha em Grand Slams na carreira, ao atingir as quartas-de-final, derrotando as cabeças-de-chave n.6 do torneio nas oitavas. Há 38 anos que duplistas femininas do Brasil não chegavam tão longe em um Grand Slam. A última vez que uma duplista feminina brasileira esteve nas quartas de final em um Slam foi em Wimbledon, em 1982, quando Patricia Medrado e Claudia Monteiro chegaram às quartas de final do torneio londrino. No Premier 5 (no masculino, Masters 1000) de Roma, ela faz outra grande campanha, chegando às semifinais e perdendo apenas para a dupla cabeça-de-chave n.1 do torneio. Com isso, sobe para a posição de n.33 no ranking mundial.

   2021
Ao lado de Carter, Stefani chegou em sua primeira final de um WTA 1000 em Miami, para em seguida desistir de Roland Garros por uma apendicite.[4] Como Carter se machucou em Wimbledon, Stefani anunciou que no segundo semestre faria dupla com a canadense Gabriela Dabrowski. Para as Olimpíadas de Tóquio, Stefani estava garantida nas duplas mistas ao lado de Marcelo Melo, e de última hora recebeu uma vaga na chave feminina junto de Laura Pigossi. Enquanto nas mistas perdeu logo na estreia para Novak Djokovic e Nina Stojanovic, na feminina Stefani e Pigossi surpreenderam ao chegar na semifinal, e apesar da derrota nesta fase, vencerem de virada a disputa do bronze.

   Stefani e Pigossi se tornaram as primeiras brasileiras a obter uma medalha olímpica no tênis na história, superando a campanha de Fernando Meligeni, que obteve a 4ª colocação em 1996. A medalha foi uma das mais inesperadas, por diversos fatores: elas conquistaram uma vaga olímpica no último minuto, confirmada somente em 16 de julho de 2021, uma semana antes da abertura dos Jogos de 2020, com Luísa Stefani classificada em 23º lugar no ranking de duplas da WTA, e Pigossi apenas na 190ª posição. Elas não tinham nenhum costume de jogarem juntas em torneios, com a última ocasião sendo uma derrota na Copa Billie Jean King em fevereiro de 2020. Durante a campanha, salvaram oito match-points das duplas adversárias: quatro nas oitavas de final contra a dupla tcheca Pliskova e Vondrousova, e mais quatro na disputa pela medalha de bronze. Na teoria, todas as duplas adversárias seriam superiores: na primeira rodada elas derrotaram as canadenses, que eram cabeças-de-chave n.7 do torneio; nas oitavas, a dupla tcheca contava com Karolína Plíšková, que foi n.1 do mundo em simples e n.11 em duplas, e a eventual medalhista de prata nos simples Markéta Vondroušová; na quartas derrotaram as americanas, cabeças-de-chave n.4 do torneio, que contavam com Bethanie Mattek-Sands, campeã das duplas mistas de 2016, ex-n.1 do mundo em duplas e campeã de 5 Grand Slams de duplas; na disputa do bronze, derrotaram a dupla russa que havia sido finalista em Wimbledon no mesmo mês, e contava com Elena Vesnina, a campeã olímpica de duplas de 2016, ex-n.1 do mundo em duplas, e campeã de 3 Grand Slams de duplas.

   Após as Olimpíadas, jogando com Dabrowski, ela se torna vice-campeã do WTA 500 (Premier) de San Jose, subindo para o nº 22 do mundo. No torneio seguinte, o WTA 1000 de Montreal, elas chegam ao título derrubando a dupla nº 1 do torneio, Mertens/Sabalenka, nas quartas, a forte dupla Kudermetova/Rybakina na semi e a dupla cabeça de chave n.6 na final, todas em sets diretos, com isto, garantindo o primeiro top 20 da história do tênis de dupla feminino do Brasil, e o primeiro título de WTA 1000 de Stefani. A ascensão meteórica de Stefani continuou no WTA 1000 de Cincinnati, na semana seguinte, onde ela e Dabrowski terminaram como vice-campeãs. Com isso, Stefani chega ao posto de nº 17 do mundo.

 

Temas das Palestras

- Motivação

- Esportes

- Mindset

- Superação de desafios