Jair Messias Bolsonaro é um capitão reformado, político e atual presidente do Brasil. Foi deputado federal por sete mandatos entre 1991 e 2018, sendo eleito através de diferentes partidos ao longo de sua carreira. Elegeu-se à presidência pelo Partido Social Liberal (PSL), ao qual foi filiado até novembro de 2019. Três de seus filhos também são políticos: Carlos Bolsonaro (vereador do Rio de Janeiro pelo Partido Social Cristão), Flávio Bolsonaro (senador fluminense pelo PSL e comandante da legenda no estado) e Eduardo Bolsonaro (deputado federal por São Paulo, também pelo PSL).
Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977 e serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército Brasileiro. Tornou-se conhecido do público em 1986, quando escreveu um artigo para a revista Veja no qual criticava salários de oficiais militares. Por causa disso, foi preso por quinze dias, apesar de ter recebido cartas de apoio de colegas do exército. Foi absolvido dois anos depois.
Bolsonaro ingressou na reserva em 1988, com o posto de capitão, após ser eleito para a Câmara Municipal do Rio de Janeiro naquele ano. Foi eleito vereador pelo Partido Democrata Cristão (PDC), partido que seria extinto em 1993. Em 1990, candidatou-se a deputado federal pelo estado do Rio de Janeiro. Foi o candidato mais votado, com apoio de 6% do eleitorado fluminense (464 mil votos), sendo reeleito por seis vezes. Durante seus 27 anos na Câmara dos Deputados, ficou conhecido por ser uma personalidade forte. Em março de 2015, deixou de ser militar da reserva e passou a ser capitão reformado do exército.
Bolsonaro foi anunciado como pré-candidato à Presidência do Brasil em março de 2016 pelo PSC. Somente em janeiro de 2018, no entanto, anunciou sua filiação ao PSL, o nono partido político de sua carreira desde que foi eleito vereador em 1988. Sua campanha presidencial foi lançada em agosto de 2018, com o general reformado Hamilton Mourão como seu vice na chapa. Ele se apresentou como um candidato conservador, defensor de valores familiares e de políticas mais rigorosas na área da segurança pública. Sofreu um atentado durante ato de campanha no dia 6 de setembro, recebendo um golpe de faca no abdômen. Em 7 de outubro, Bolsonaro ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições presidenciais de 2018, com o candidato Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), em segundo. Foi eleito Presidente da República no segundo turno, em 28 de outubro, com 55,13% dos votos válidos.
Relações internacionais
Durante a campanha presidencial de 2018, Bolsonaro disse que faria mudanças consideráveis ??nas relações internacionais do Brasil, dizendo que "o Itamaraty precisa estar a serviço dos valores que sempre estiveram associados ao povo brasileiro". Ele também disse que o país deveria parar de "louvar ditadores" e "atacar democracias".
No início de 2018, ele afirmou que sua "viagem aos cinco países democráticos dos Estados Unidos, Israel, Japão, Coreia do Sul e Taiwan mostrou quem seremos ser e que gostaríamos de nos unir a pessoas boas". Bolsonaro mostrou desconfiança em relação à China durante toda a campanha presidencial, alegando que o país asiático "quer comprar o Brasil". Apesar disto, ele afirmou que deseja continuar a negociar com os chineses, mas também disse que o Brasil deveria "fazer melhores acordos econômicos" com outros países, sem nenhuma "agenda ideológica" por trás disto. Bolsonaro disse que sua primeira viagem internacional como presidente será para Israel. Ele também afirmou que o Estado da Palestina "não é um país, então não deveria haver embaixada brasileira" e acrescentou que "não negocia com terroristas".
Bolsonaro também elogiou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua política externa. Eduardo, filho de Bolsonaro, indicou que o Brasil deveria se distanciar do Irã, romper relações com o governo de Nicolás Maduro na Venezuela e realocar a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Bolsonaro é considerado o candidato mais pró-americano no Brasil desde a década de 1980. Os membros do PSL disseram que ele iria melhorar dramaticamente as relações entre os Estados Unidos e o Brasil. Durante uma manifestação de campanha em outubro de 2017 em Miami, na Flórida, ele saudou a bandeira estadunidense, enquanto gritava "USA! USA!" para uma grande multidão. O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, elogiou Bolsonaro como um parceiro de "mentalidade semelhante" e disse que sua vitória era um "sinal positivo" para a América Latina.
No nível regional, ele elogiou o presidente argentino, Mauricio Macri, por encerrar o regime de 12 anos de Néstor e Cristina Fernández de Kirchner, que ele considerava semelhante a Lula e Rousseff. Embora ele não tenha planos de deixar o Mercosul, ele criticou o bloco por considerar que ele priorizava questões ideológicas em vez de questões econômicas. Um ferrenho anticomunista, Bolsonaro condenou o ex-líder cubano Fidel Castro e o atual regime naquela ilha.
Bolsonaro elogiou o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, dizendo que aprendeu com ele: "Patriotismo, amor pela pátria, respeito à sua bandeira - algo que se perdeu nos últimos anos aqui no Brasil ... e governando pelo exemplo, especialmente naquele momento difícil da Segunda Guerra Mundial."
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