César Nunes é um educador brasileiro nascido no Norte do Paraná, no chamado Norte Pioneiro, em 1959. Estudou em sua cidade natal, Congonhinhas, e em outras cidades daquela região.
Teve uma parte de sua infância na vida rural, o que lhe renderia experiências e vivências inolvidáveis em sua trajetória, hoje ressignificadas pela memória e pelo sentido das lembranças. Freqüentou escolas de formação religiosa de 1971 a 1983, que lhe deixaram marcas da paideia cristã e de outras culturas, humanistas e críticas, das quais sempre recorre em seus estudos e atividades de formação.
Em 1980 mudou-se para Campinas, estado de São Paulo, onde reside até hoje. Foi professor de escolas da educação básica em Campinas e algumas outras cidades paulistas, assumindo funções de coordenação e gestão, em escolas públicas e particulares.
Iniciou o magistério no Ensino Superior na Universidade São Francisco, em Bragança Paulista e Itatiba, estado de São Paulo. Depois foi professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, por mais de uma década, nos cursos de Pedagogia, Educação Especial, Filosofia, Serviço Social, Psicologia, Jornalismo, Educação Física, Biblioteconomia e Ciências Sociais.
Desde 1998 é professor de carreira na Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Defendeu o Mestrado em Educação em 1988, o Doutorado em Filosofia e Educação em 1996, a livre-docência em Ética e Educação em 2006. É professor titular na área de Filosofia e Educação da FE/UNICAMP.
Temas de Palestras
- Educação Inclusiva: como instituí-la? O papel da escola na produção da inclusão social e da emancipação ética.
Debate a tradição excludente da educação e da escola no Brasil. Apresenta as fundamentações de uma educação inclusiva e o protagonismo dos novos sujeitos sociais. Analisa a conquista de direitos sociais no Brasil. Articula o papel da escola e da sociedade na construção de parâmetros éticos, estéticos e políticos emancipatórios.
- Educação, Cultura, Tecnologia e Humanização: senhas para um desenvolvimento sustentável na década da educação no Brasil.
Discute as matrizes teóricas e marcos institucionais da educação e da cultura no Brasil. Investiga as contradições políticas e sociais da organização da sociedade e da cultura na sociedade globalizada. Analisa o papel dos cidadãos, dos gestores e empreendedores na conjuntura política e cultural. Propõe perspectivas de superação da tradição autoritária e construção coletiva de diretrizes administrativas e pedagógicas libertadoras na atual organização dos saberes e espaços institucionais, destacando a pertinência de suas reivindicações numa sociedade superando dominações históricas.
- Educação e Sociedade: matrizes históricas e possibilidades emancipatórias atuais.
Analisa os elementos da representação de desumanização na sociedade atual, a crise de valores e a alienação da identidade da educação no Brasil. Apresenta prospectivas para uma educação e uma escola emancipatória, que produza nova consciência social e política, uma cultura de participação e gestão democrática, uma reorganização do espaço social em vista da humanização.
- Educação e Emancipação: sensibilizar os conhecimentos e esclarecer os afetos na escola do terceiro milênio.
Discute as matrizes pedagógicas e políticas da educação e da escola no Brasil. Investiga as contradições políticas e sociais da organização da escola e manejo o trabalho pedagógico na sociedade globalizada. Analisa o papel do professor na ação educacional e política. Articula o papel da escola e da sociedade na construção de parâmetros éticos, estéticos e políticos emancipatórios. Debate a educação tecnológica e a formação humanista clássica.
- Formação de Professores e Humanização: novas relações éticas e políticas na escola que acolhe.
Apresenta as novas diretrizes da educação básica no Brasil, centradas nas premissas de Humanização e Cidadania. Debate a Formação de Professores na tradição histórica e cultural do Brasil, articulando as matrizes e paradigmas políticos das relações autoritárias presentes na sociedade e na escola. Aponta a emergência de novas propostas de direitos sociais no Brasil, desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, presentes no ECA, no Código Ambiental Brasileiro, no Estatuto do Idoso, na Lei Maria da Penha, nas Políticas de Inclusão, no Estatuto da Igualdade Racial, entre outros, e apresenta as possibilidades de novas práticas sociais que fundamentem novas condutas éticas e novas práticas culturais e políticas na Educação e na Escola do Brasil.
- As práticas escolares e as relações sociais: educar para a vida.
Analisa as bases da cultura educacional e escolar sobre matrizes conservadoras e autoritárias e apresenta possibilidades de reorganização da escola e do espaço pedagógico em vista da Criança, do Adolescente, da Juventude, dos novos sujeitos sociais e suas formas de viver, aprender e conviver. Busca superar a escola e os modelos pedagógicos tradicionais, centrados em culturas de dominação e repressão, vigilância e punição, assistencialismo e meritocracias, apontando para a necessidade de criação de uma escola que acolhe, que cuida e que educa para a humanização e para a vida democrática e participativa.
- Educar para a esperança: novas práticas, novos sujeitos e a escola da juventude.
A esperança é uma virtude social que supõe a prática da transformação. A educação para a esperança consiste em apresentar os projetos de sociedade, de cultura e de escola baseados na tolerância, no cultivo da diversidade, na proposição de solidariedade e de isonomia, na promoção dos novos direitos sociais e de novos consequentes deveres sociais. Destaca o protagonismo dos novos sujeitos da sociedade brasileira e as possibilidades de reorganizar a escola em vista de novas práticas sociais, a educação como direito à aprendizagem e à cidadania emancipatória.
- Educação, vivências e aprendizagens: o cotidiano da escola como espaço de trocas humanas significativas e de formação ética, estética e cultural emancipatórias.
As crianças, adolescentes e jovens vivem grande parte de seu tempo de vida na Escola. Pais, educadores, especialistas e professores ali igualmente dedicam sua atenção, desenvolvem sua ação humana e sua atuação profissional. Desse modo, decifrar a escola e suas matrizes institucionais, analisar suas identidades históricas e propor formas de superação torna-se uma utopia e responsabilidade exigente. A vida acontece no cotidiano da escola, a formação igualmente. Trata-se de construir uma escola que seja acolhedora, criativa, que ensine a pensar, agir e desejar de maneira múltipla, ao invés de uniforme, aponte para processos flexíveis ao invés de padronizações, que seja alegre, produtiva, livre, pacífica, sustentável, correta e responsável. O cotidiano não é a repetição de rotinas, é o espaço da criação, a dimensão da estabilidade das relações para o acontecer singular da identidade pedagógica e a manifestação original do ser humano. Decifra-me, ou eu te devoro! – afirma a esfinge a todos nós.
- O PNE e o Sistema Nacional de Educação: organização e regulação.
Reconhecer o PNE e debater a questão da unicidade/pluralidade de um sistema nacional de Educação. Destacar os papéis colaborativos da União, Estados e Municípios. Buscar interpretar as contradições e possibilidades abertas pelo PNE.
- Educação e Diversidade: Justiça Social, Inclusão, Diversidade e Cultura da Paz.
Apresentar as novas premissas éticas e políticas presentes nos marcos jurídicos da Educação Brasileira. Analisar os conceitos basilares de Diversidade, Inclusão, Cultura da Paz e explicitar seus constituintes, alcances e potencialidades educativas.
- Educação, Trabalho e Desenvolvimento Sustentável: cultura, ciência, tecnologia, saúde e meio ambiente.
Identificar as origens e alcances dessas disposições políticas e educacionais presentes nas diretrizes curriculares da Educação Básica do Brasil. Compreender seus princípios e destacar as formas de trabalhar tais disposições em sala de aula.
- Qualidade da Educação: Democratização do acesso, permanência, avaliação, condições de participação e aprendizagem.
Buscar definir um conceito de qualidade da educação diferente da concepção neoliberal e de inspiração empresarial e quantitativista, baseada em médias e resultados. Apontar a necessidade de constituir um conceito de qualidade social e emancipatória da educação e de suas finalidades.
- Gestão Democrática: Participação popular e controle social.
Superar a concepção de gestão baseada nas premissas administrativistas, tayloristas-fordistas ou aquelas próprias do corolário neoliberal baseado na regulação e resultados. Analisar a gestão a partir da participação dos movimentos sociais organizados e da implementação de mecanismos de controle e acompanhamento social da gestão da escola.
- Valorização dos Profissionais da Educação: Formação, Remuneração, Carreira e Condição de Trabalho.
Buscar desenvolver a ideia da proeminência do papel do professor e da real melhoria das condições objetivas de trabalho e ação profissional. Estudar a retração salarial dos professores e apontar índices e necessidades de conquistas salariais, de implantação do Piso nacional para a educação, de políticas de carreira e de efetiva melhoria das condições do trabalho docente.
- Financiamento da Educação, Gestão, Transparência e Controle Social dos recursos.
Debater os índices destinados ao financiamento da educação e as formas de controle, acompanhamento e transparência da aplicação desses recursos. Preparar quadros para o monitoramento dessas formas de controle e gestão social dos recursos.
- O papel da escola e da família na formação ética e cultural dos filhos: humanizar os conhecimentos e esclarecer os afetos na escola do terceiro milênio.
Discute as matrizes teóricas e marcos institucionais da educação e da escola no Brasil. Investiga as contradições políticas e sociais da organização da escola e manejo o trabalho pedagógico na sociedade globalizada. Analisa o papel do professor na ação educacional e política. Apresenta prospectivas para uma educação e uma escola emancipatória, que produza nova consciência social e política, uma cultura de participação e gestão democrática, uma reorganização do espaço pedagógico em vista da humanização.
- Currículo, Escola e o Direito à Educação: a educação brasileira diante dos novos sujeitos sociais e dos novos direitos civis.
Articula o papel da escola e da sociedade na construção de parâmetros éticos, estéticos e políticos emancipatórios. Debate a educação tecnológica e a formação humanista clássica. Propõe perspectivas de superação da tradição autoritária e construção coletiva de diretrizes administrativas e pedagógicas libertadoras na atual organização dos saberes e espaços institucionais, destacando a pertinência de suas reivindicações numa sociedade superando dominações históricas.
- Educação Afetiva e Ética Sexual.
Apresenta as concepções de Educação Afetiva e Sexualidade na Escola. Debate a questão da formação para a Ética Sexual, a partir de uma concepção de valores e de referenciais morais. Destaca a crítica da sociedade hedonista e consumista.
- O professor faz a diferença: novos sujeitos, novas docências, novos territórios.
Destaca o protagonismo do professor na formação cultural e ética dos novos sujeitos sociais e políticos da sociedade e da escola no Brasil. Analisa os elementos da representação de desumanização na sociedade atual, a crise de valores e a alienação da identidade da escola.