Henrique Fogaça, é piracicabano, mas foi ainda pequeno morar em Ribeirão Preto. Começou a se interessar por gastronomia quando, aos 22 anos, foi morar em São Paulo com a irmã. Sozinho, tinha que fazer sua própria comida e pedia receitas para a mãe e a avó: “Sempre gostei de comer bem”, revela. Nesse período, cursava comércio exterior, sua segunda faculdade, a primeira foi arquitetura. Desanimado com os estudos, soube dos cursos de gastronomia que surgiam em São Paulo e resolveu se aventurar. Matriculou-se no curso de chef executivo das Faculdades Metropolitanas Unidas ( FMU) em 2001.
Durante o curso, Henrique fez estágios em grandes restaurantes de São Paulo.
Em 2005, após um ano trabalhando no extinto Namesa e fazendo pequenos eventos, teve a oportunidade de abrir um pequeno café na Galeria Vermelho, o Sal Gastronomia. Foi ali que Fogaça iniciou sua verdadeira prática na gastronomia e começou a construir sua identidade profissional.
Ele se apaixonou pelo ritmo da cozinha e pela descoberta dos sabores. “O Sal era muito pequeno, acomodava inicialmente 16 pessoas”, relembra. Aos poucos, foi colocando mais mesas e após dois anos Henrique teve que ampliar seu restaurante em função da demanda e do conforto que queria proporcionar aos clientes. Hoje se mantém pequeno, com apenas 30 lugares, “para manter a qualidade”, diz. Desde então, o chef segue cozinhando e colecionando tatuagens que revelam uma atitude rockn roll.
Sua cozinha é marcada pelo tempero acentuado e qualidade dos ingredientes e uma forte característica sua é não ter medo de errar e ousar. “Hoje em dia, com a moda da gastronomia, está tudo muito banalizado.
Você sai para comer e gasta brincando R$ 200, R$ 300. No Sal, tento trabalhar em uma margem de preços justa. Brigo muito para não aumentar o valor dos pratos. A comida não pode ser um artigo de luxo do jeito que é hoje em dia. Comida é algo primitivo. A gente nasce comendo."
Acessibilidade gastronômica O reconhecimento veio rápido e ele foi eleito em 2008 chef revelação pela revista Veja e em 2009 pela revista Prazeres da mesa.
Em 2011 seu prato com carne de porco foi eleito o melhor prato com carne de porco da cidade pelo caderno Paladar do jornal O Estado de S. Paulo. No ano seguinte, associou-se a Checho Gonzáles e Lira Yuri para fazer a feira gastronômica O Mercado.
Não demorou muito e abria o bar Cão Véio, com uma proposta de boas cervejas e boa comida. Hoje, além do bar e do restaurante, o chef colabora com o projeto Chefs Especiais e Gastromotiva, já que acredita que a gastronomia pode mudar uma vida.
Chefs Especiais é um projeto idealizado por Márcio Berti (Marcio Berti e sua família são proprietários da Fundição Especializada Industrial Ltda – Fundesp), que promove aulas de culinária para pessoas com síndrome de Down. Lá, dá aulas e colabora sempre que pode. A causa toca o chef de maneira diferente. Henrique é pai de uma filha especial, com uma síndrome rara e desconhecida.
Já a Gastromotiva é um projeto do chef David Hertz que tem como ideia central habilitar pessoas carentes, gratuitamente, a trabalhar no ramo da gastronomia.
O leitor do Degusta pode se inspirar nas ações sociais do chef engajado e também provar de seu tempero do bem preparando uma receita especial de nhoque.
Temas de Palestras:
- Gastronomia
- Motivação
- Liderança
- Empreendedorismo
- Trabalho em Equipe
- Superação de Desafios