O alagoano que deixou Maceió para ganhar o mundo..
Aos 14 anos, ele viu dois turistas falando um idioma desconhecido. Era inglês. Achou que tinha que aprender e foi para um curso.
Não tinha recursos para pagar e depois de dois anos, a mãe foi chamada pelas parcelas em atraso.
Para sua surpresa, ao ter sua ficha revista pela coordenadora da escola, ganhou uma bolsa de estudos. Era um aluno modelo. Virou professor do curso.
Mais tarde, ganhou seu primeiro computador e se tornou instrutor de informática.
Passou para Artes Cênicas na Universidade Federal de Alagoas, mas achou que o futuro estava no Marketing.
Passou em outro vestibular, desta vez na Universidade Estácio de Sá.
Ganhou a medalha Alumni Diamante, a maior honraria da universidade, por sua carreira e contribuição à sociedade, como um dos melhores alunos que a instituição já teve.
Ele achou que era o momento de ganhar fluência em inglês e ir para o Canadá, mas o seu visto foi negado.
Os funcionários da embaixada perceberam as condições e devolveram todo o valor da documentação, que normalmente não é reembolsado. Com o sonho frustrado, não desistiu.
Chegou em casa, analisou no mapa todos os países de língua inglesa e resolveu ir para Irlanda.
Pegou cerca de 3 mil euros, entrou em um intercâmbio de um mês e partiu para o Reino Unido.
Passou um mês e Wesley gostou da experiência, queria ficar mais. O problema é que, sem trabalho, restava pouco da poupança para estender a estadia.
Um amigo francês perguntou se ele daria aulas particulares de inglês. Topou.
Foi comemorar em um pub com os amigos a nova renda, que possibilitaria ficar mais uns tempos em Dublin e conseguiu mais três alunos.
Já que estava na Irlanda, por que não conhecer Londres? Foi. Rapidamente conseguiu uma vaga como trainee em relações públicas de uma empresa de consultoria para bancos, a Fin International.
Aplicou seus conhecimentos de neuromarketing e propôs uma campanha. Sucesso. Também viajou para a França, Escócia e Espanha. Em 2010, voltou para o Brasil.
Confiante com sua experiência internacional, Wesley se inscreveu em vários programas de trainee. Passou em doze.
Dos três que escolheu, o processo seletivo disseram que eu já estava muito acima do nível de um trainee.
A avaliação era de que ele ficaria pouco tempo e depois iria embora. Sem emprego, ele voltou para Maceió
A resiliência dá a Wesley criatividade. Quando chegou em Maceió, comprou um exemplar da revista Exame, uma edição especial sobre a China. Terminou de ler e não teve dúvida: avisou sua mãe que iria para China.
Fez freelas como webdesigner, poupou e em dois meses o destino de Wesley era Pequim.
Novos desafios; desta vez, em mandarim. Começou como estagiário pela STB
Em 45 dias, o criador do jogo Colheita Feliz ligou para Wesley.
Ele dividiu o mapa do país em quatro regiões e descreveu os fatores de crescimento em cada uma. Ficaram empolgados.
Ele tinha 24 anos, e era diretor, o acordo era simples: se não desse resultado, seu cargo seria revisto.
O resultado veio: a empresa se tornou a terceira maior em jogos sociais em todo o mundo.
Wesley vinha para o Brasil dar palestras sobre jogos sociais e voltava para a China. Ainda lá, trabalhou na Happy Element e foi contratado por Per Desson, executivo de games, que o encontrou pelo Linkedin, para lançar jogos sociais no Brasil.
Pediu demissão aos chineses da Elex e mandou um e-mail para Per Besson aceitando a proposta de entrar na Happy Elements.
Wesley ganhou visibilidade como gerente de operações e tinha o mesmo salário da alta diretoria da empresa. Um ano e pouco depois, de férias nas Filipinas, Desson contou que havia jantado com o pessoal do Baidu, o Google chinês. O executivo indicou Wesley para o Baidu, o segundo maior site de busca do mundo, que queria vir para o Brasil.
Foi contratado como Business Controller na América Latina.
Uma empresa com 22 mil funcionários. Festejou em seu Twitter e, quando menos esperava, estava sendo entrevistado para cadernos de tecnologia. Chinês vem ao Brasil competir com o Google era a manchete.
Wesley começou a operação do zero e, em pouco tempo, um dos produtos do Baidu se tornou o 12º site mais acessado do país.
Muito recentemente, Wesley fechou seu ciclo no Baidu e já se prepara para novos desafios.
Aproveitou para fazer cursos na Harvard Law School e na Columbia Business School.
Quando cheguou em Harvard, não resistiu, ficou emocionado e mandou uma foto para sua mãe.
Gosta de brincar que tudo isso aconteceu por causa do carimbo de visto negado para o Canadá.
Para ele, sucesso é mudar a vida de alguém, como a sua mãe mudou a dele.
Tipos de Trabalhos:
- Criatividade e Inovação
- Motivação
- Competitividade
- Resultados
- Marketing Digital
- Neuromarketing
- Tecnologia
- Tecnlogia - Inteligencia Artificial (IA)